terça-feira, 21 de setembro de 2010

QUEM QUER SER UM MISSIONÁRIO & QUEM QUER SER UM MILIONÁRIO?

Ao saber que jovens do Sínodo Central de Pernambuco morreram em um
acidente de carro, quando participavam de um avanço missionário...
lamentei, chorei e orei. Por quê, Senhor? Era esta a minha pergunta.
Abri o jornal e li as notícias de acidentes, mortes de jovens
traficantes, baladas e outras mortes anunciadas. O Senhor me fez ver,
primeiro, que aqueles jovens morreram em seus braços. Depois, lendo a
Bíblia, em meu programa de leitura anual da Palavra, encontrei o texto
de Hebreus 11. Saltou-me aos olhos o trecho (35b-40):

"... Alguns foram torturados, não aceitando seu resgate, para obterem
superior ressurreição; outros, por sua vez, passaram pela prova de
escárnios e açoites, sim, até de algemas e prisões. Foram apedrejados,
provados, serrados pelo meio, mortos a fio de espada; andaram
peregrinos, vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados,
afligidos, maltratados (homens dos quais o mundo não era digno),
errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas, pelos antros da
terra. Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé não
obtiveram, contudo, a concretização da promessa, por haver Deus provido
coisa superior a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem
aperfeiçoados."

Percebi, então, que estes membros da União de Mocidade Presbiteriana já
não nos pertencem. Fazem parte da Galeria dos Heróis da Fé. Juntam-se
aos milhões de mártires do Evangelho, espalhados pelo mundo e pela
história. Foram torturados pelas estradas terríveis de nosso país e
martirizados junto com folhetos. São, de fato, heróis verdadeiros.
Anônimos para a grande mídia, destacados diante de Deus. Ocorreu-me
perguntar: quem quer ser herói nestes dias? Quem abrirá os olhos desta
geração cega, desta gente sem Deus que morre com um fuzil na mão ou com
uma latinha de red bull ao lado do volante?

O filme indiano "Quem quer ser um milionário?" mostra a desgraça e a
pobreza de um povo que sonha com os programas de auditório. Os moços e
moças de nossa geração submetem-se aos riscos de vida e a humilhação
pública para se tornarem "heróis" dos reality-shows. Outros, perdem a
vida por muito pouco. Por mais algumas horas de dança, pelos "pegas" e
pela adrenalina - coisas que passam sem deixar promessa. Vendo o exemplo
destes jovens que se embrenharam neste país tão sofrido, para
compartilharem até na carne os sofrimentos de nosso povo, pergunto-me:
Quem quer ser um missionário, num mundo em que todo moço quer ser um
milionário? Quem?

Rev. André Mello - Secretário Presbiterial de Mocidade (PRJN)

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