sexta-feira, 22 de outubro de 2010

50 anos de histórias e lutas para a glória de DEUS


Há 50 anos realizou-se a eleição para formar a primeira diretoria da Federação de Mocidade do Presbitério Centro de Pernambuco. O Senhor levantou naquele momento jovens fortes e empenhados em trabalhar na sua obra. Uma Geração a qual transtornou a sua época. Hoje passado meio século podemos afirmar que a diretoria dessa Federação é composta por Jovens assim, valorosos que não se envergonham do evangelho mais que manejam bem a palavra da verdade. São eles:

Juliana Borba (Presidente da Federação);
Renata Souza (Vice-Presidente da Federação );
Antonio (Secretário Executivo da Federação);
Renata Miranda ( 1º Secretária da Federação);
Kariele ( 2º Secretária da Federação);
Dc. Rozendo França ( Tesoureira da Federação).


Esses Jovens, contam com o apoio de nove sociedades domesticas (UMP’s Locais) que acreditam que alegria do Senhor é a sua força. Jovens que têm uma fé verdadeira e inabalável. Como uma planta que brota em nossas vidas pela palavra de Cristo, como nos diz Rm.10:7, e cresce, sendo regada pela busca do conhecimento de Deus e da intimidade com o Pai. Falo como parte integrante desta Federação, pois sou sócio de uma das UMP’s federadas, chegamos até aqui porque a boa mão de nosso Deus nos susteve, dando-nos uma jornada feliz, a nós, nossos filhos e a tudo o que é nosso. Não teremos medo de enfrentar novos desafios, trabalharemos com amor, e se por ventura algum receio surgir, temos a convicção de que com Jesus venceremos todas as dificuldades.
Nossos antecessores iniciaram essa Jornada olhando para o alvo que é Cristo Jesus e crendo na sua orientação e direção. Nós Jovens do presente temos o mesmo pensamento e ainda trabalhamos com todo afinco para o crescimento do reino de Deus, para que todas as coisas possam ser feitas para a Honra e Glória do Nome de Jesus. Damos o nosso melhor mesmo quando surgem às piores dificuldades, não somos como o profeta Jonas que se dispôs a fugir da presença do SENHOR, somos como Isaias que se dispôs a trabalhar pelo Reino.

Fica para nós hoje o texto de 1ª João 2. 14b, "Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno." E o pedido singelo deste Jovem, Sócio de uma UMP e Presidente de Sinodal, que nunca possamos esquecer-nos de aplicar esse versículo em nossas vidas. Pois a palavra de Deus é viva, e se renova a cada manhã. Sejamos sempre Alegres na esperança, Fortes na fé, Dedicados no amor, Unidos no trabalho.

Deus vos abençoe!

Maciel de Oliveira

PRESIDENTE DA CSM CENTRAL DE PERNAMBUCO- gestão 2009-2011

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

ELEIÇÕES 2010 E OS APROVEITADORES DA BOA FÉ E DA CREDULIDADE EVANGÉLICA

Rev. Sandro Amadeu Cerveira (02/10/10)
Talvez eu tenha falhado como pastor nestas eleições. Digo isso porque estou com a impressão de ter feito pouco para desconstruir ou no pelo menos problematizar a onda de boataria e os posicionamentos “ungidos” de alguns caciques evangélicos. [1]
Talvez o mais grotesco tenham sido os emails e “vídeos” afirmando que votar em Dilma e no PT seria o mesmo que apoiar uma conspiração que mataria Dilma (por meios sobrenaturais) assim que fosse eleita e logo a seguir implantaria no Brasil uma ditadura comunista-luciferiana pelas mãos do filho de Michel Temer. Em outras o próprio Temer seria o satanista mor. Confesso que não respondi publicamente esse tipo de mensagem por acreditar que tamanha absurdo seria rejeitada pelo bom senso de meus irmãos evangélicos. Para além da “viagem” do conteúdo a absoluta falta de fontes e provas para estas “notícias” deveria ter levado (acreditei) as pessoas de boa fé a pelo menos desconfiar destas graves acusações infundadas. [2]
A candidata Marina Silva, uma evangélica da Assembléia de Deus, até onde se sabe sem qualquer mancha em sua biografia, também não saiu ilesa. Várias denominações evangélicas antes fervorosas defensoras de um “candidato evangélico” a presidência da república simplesmente ignoraram esta assembleiana de longa data.
Como se não bastasse, Marina foi também acusada pelo pastor Silas Malafaia de ser “dissimulada”, “pior do que o ímpio” e defender, (segundo ele), um plebiscito sobre o aborto. Surpreende como um líder da inteligência de Malafaia declare seu apoio a Marina em um dia, mude de voto três dias depois e à apenas 6 dias das eleições desconheça as proposições de sua irmã na fé.
De fato Marina Silva afirmou (desde cedo na campanha, diga-se de passagem) que “casos de alta complexidade cultural, moral, social e espiritual como esses, (aborto e maconha) deveriam ser debatidos pela sociedade na forma de plebiscito” [3], mas de fato não disse que uma vez eleita ela convocaria esse plebiscito.

O mais surpreendentemente, porém foi o absoluto silêncio quanto ao candidato José Serra. O candidato tucano foi curiosamente poupado. Somente a campanha adversária lembrou que foi ele, Serra a trazer o aborto para dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) [4]. Enquanto ministro da saúde o candidato do PSDB assinou em 1998 a norma técnica do SUS ordenando regras para fazer abortos previstos em lei, até o 5º mês de gravidez [5]. Fiquei intrigado que nenhum colega pastor absolutamente contra o aborto tenha se dignado a me avisar desta “barbaridade”.
Também foi de estranhar que nenhum pastor preocupado com a legalização das drogas tenha disparado uma enxurrada de-mails alertando os evangélicos de que o presidente de honra do PSDB, e ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso defenda a descriminalização da posse de maconha para o consumo pessoal [6].
Por fim nem Malafaia, nem os boateiros de plantão tiveram interesse em dar visibilidade a noticia veiculada pelo jornal a Folha de São Paulo (Edição eletrônica de 21/06/10) nos alertando para o fato de que “O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, afirmou nesta segunda-feira ser a favor da união civil e da adoção de crianças por casais homossexuais.” [7]
Depois de tudo isso é razoável desconfiar que o problema não esteja realmente na posição que os candidatos tenham sobre o aborto, união civil e adoção de crianças por homossexuais ou ainda a descriminalização da maconha. Se o problema fosse realmente o comprometimento dos candidatos e seus partidos com as questões acima os líderes evangélicos que abominam estas propostas não teriam alternativa.
A única postura coerente seria então pregar o voto nulo, branco ou ainda a ausência justificada. Se tivessem realmente a coragem que aparentam em suas bravatas televisivas deveriam convocar um boicote às eleições. Um gigantesco protesto a-partidário denunciando o fato de que nenhum dos candidatos com chances de ser eleitos tenha realmente se comprometido de forma clara e inequívoca com os valores evangélicos. Fazer uma denuncia seletiva de quem esta comprometido com a “iniqüidade” é, no mínimo, desonesto.
Falar mal de candidato A e beneficiar B por tabela (sendo que B está igualmente comprometido com os mesmo “problemas”) é muito fácil. Difícil é se arriscar num ato conseqüente de desobediência civil como fez Luther King quando entendeu que as leis de seu país eram iníquas.
Termino dizendo que não deixarei de votar nestas eleições.
Não o farei por ter alguma esperança de que o Estado brasileiro transforme nossos costumes e percepções morais em lei criminalizando o que consideramos pecado. Aliás tenho verdadeiro pavor de abrir esse precedente.
Não o farei porque acredite que a pessoa em quem votarei seja católica, cristã ou evangélica e isso vá “abençoar” o Brasil. Sei, como lembrou o apóstolo Paulo, que se agisse assim teria de sair do mundo.
Votarei consciente de que os temas aqui mencionados (união civil de pessoas do mesmo sexo, descriminalização do aborto, descriminalização de algumas drogas entre outras polêmicas) não serão resolvidos pelo presidente ou presidenta da república. Como qualquer pessoa informada sobre o tema, sei que assuntos assim devem ser discutidos pela sociedade civil, pelo legislativo e eventualmente pelo judiciário (como foi o caso da lei de biossegurança) [8] com serenidade e racionalidade.
Votarei na pessoa que acredito representa o melhor projeto político para o Brasil levando em conta outras questões (aparentemente esquecidas pelos lideres evangélicos presentes na mídia) tais como distribuição de renda, justiça social, direitos humanos, tratamento digno para os profissionais da educação, entre outros temas. (Ver Mateus 25: 31-46) Estas questões até podem não interessar aos líderes evangélicos e cristãos em geral que já ascenderam à classe média alta, mas certamente tem toda a relevância para nossos irmãos mais pobres.