sábado, 18 de outubro de 2008

o grito dos severinos...


cansei de so ver e nao falar agora eu vou gritar...
Um país que crianças eliminaQue não ouve o clamor dos esquecidosOnde nunca os humildes são ouvidosE uma elite sem Deus é quem dominaQue permite um estupro me cada esquinaE a certeza da dúvida infelizOnde quem tem razão baixa a cervizE massacram-se o negro e a mulherPode ser o país de quem quiserMas não é, com certeza, o meu país
Um país onde as leis são descartáveisPor ausência de códigos corretosCom quarenta milhões de analfabetosE maior multidão de miseráveisUm país onde os homens confiáveisNão têm voz, não têm vez, nem diretrizMas corruptos têm voz e vez e bisE o respaldo de estímulo em comumPode ser o país de qualquer umMas não é, com certeza, o meu país
Um país que perdeu a identidadeSepultou o idioma portuguêsAprendeu a falar pornofonêsAderindo à global vulgaridadeUm país que não tem capacidadeDe saber o que pensa e o que dizQue não pode esconder a cicatrizDe um povo de bem que vive malPode ser o país do carnavalMas não é, com certeza, o meu país
Um país que seus índios discriminaE as ciências e as artes não respeitaUm país que ainda morre de maleitaPor atraso geral da medicinaUm país onde a escola não ensinaE hospital não dispõe de raios XOnde a gente dos morros é felizSe tem água de chuva e luz do solPode ser o país do futebolMas não é, com certeza, o meu país
Um país que é doente e não se curaQuer ficar sempre no terceiro mundoQue do poço fatal chegou ao fundoSem saber emergir da noite escuraUm país que engoliu a composturaAtendendo a políticos sutisQue dividem o Brasil em mil brasisPrá melhor assaltar de ponta a pontaPode ser o país do faz-de-contaMas não é, com certeza, o meu país.

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